Objetos Liturgicos

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Altar e Toalha 
É a ara antiga dos sacrifícios e a mesa do banqute eucarístico; é a peça mais importante do edifício cristão. Deve ser de material sólido e fixo. Ele representa o próprio Jesus na Liturgia. O altar é o próprio cordeiro crucificado. A toalha do altar deve reduzir-se ao tamanho da mesa (parte superior) ou cair dos lados para não decepar o altar e, assim ignorarmos o símbolo mais importante do edifício cristão. Antes do concílio Vaticano II, usavam-se três toalhas que eram deixadas e usadas permanentemente, pois eram celebradas muitas missas, cada sacerdote devia celebrar a sua. Muita vezes, o altar era um depósito cheio de velas, flores, cálice... Hoje, sabemos que há uma só toalha que se confunde com o corporal. 


Ambão Lugar alto de onde se proclama e anuncia; no nosso caso, a palavra de Deus. Deve ser de material firme, igual ao altar, e a sédia, fixo, nobre e apenas um, pois uma só é a palavra de Deus. Aí são feitas as leituras, é proclamado o evangelho e, se desejar a homilia. Não é estante para os comentaristas, avisos etc. Bom lembrar que é uma peça sacramental como o altar e a sédia, e com destinos definidos para a ação litúrgica. Aí ou na sédia veneram-se os santos evangelhos. 


Âmbula, Píxide ou Cibório Vem de cibus (latim) alimento, seu primeiro formato foi de um cestinho de vime, lembrando cestos de pão. Depois foi uma espécie de cofre ou caixa. Hoje, para ser mais facilmente manipulado na distribuição da comunhão, é de metal ou outro material, com ou sem pé, e uma tampa. Não é consagrado, só Bento. Âmbula quer dizer "grande" e Píxide "pequena". O nome correto seria Cibório 


Cálice O cálice com a patena são os vasos sagrados mais importantes pois nos remetem ao mandatum novum (nova aliança) do Senhor, tem suas raízes na páscoa judaica. Esses objetos São consagrados pelo bispo com o santo óleo do Crisma, como o altar, e devem ser tocados com respeito. O cálice já foi de vidro, madeira, cerâmica, marfim, pedra esculpida com duas ou sem alças. Já foi bem grande e com muitos enfeites inúteis como no período barroco. Hoje novamente pequeno e sóbrio como os primeiros (de 0,18 a 20cm de altura) deve ser de metal dourado (ao menos o interior da copa e em três partes: a copa, o nó central para segurá-lo e o pé para sustentá-lo). 



Corporal Vem do latim corpus e evoca o corpo de Cristo. É uma pequena toalha. Na realidade é a própria toalha que cobre todo o altar que com o tempo, por escrúpulos, transformou-se tão pequena que parece um guardanapo. Sua função é a de servir á eucaristia, colocando-se sobre ele o cálice e a patena para proteger as sagradas espécies que porventura caírem neste espaço. 



Manustérgio Toalha usada para purificar as mãos antes, durante e depois do ato litúrgico. 






Pala Como uma tampa de linho branco, serve para ser colocada sobre o cálice e a patena para protegê-los. 



Sanguíneo 
Reservado exclusivamente para a purificação do cálice e da patena após a comunhão, e para o comungante enxugar os dedos e os lábios e o cálice após encostar a boca. 









Sédia (ou cátedra) 
Sédia vem do latim "cabeça" e Cátedra "cadeira". Nas catedrais recebe o nome de Cátedra e, é ocupada somente pelo bispo; é louvável toda a diocese ter muito amor pela Cátedra. Nas outras igrejas recebe o nome de Sédia e, é ocupada pelo presidente da celebração. Com o ambão e o altar deve ser do mesmo material, sólido e fixo (pois pertence ao Cristo) ao presbitério. Deve ser colocada na ponta oposta a porta de entrada, no fundo da ábside. Daí ele senta para ouvir a leitura; preside e conclui a celebração (somente a oração eucarística é presidida do altar.); se desejar a homilia.




Cruz Processional Usada nas procissões, á frente de qualquer cortejo. Deve permanecer em lugar nobre no presbitério. Em torno de 0,40 a 0,50 cm, de qualquer material e uma haste de mais ou menos 2 m. Terá a figura do Cristo morto ou, preferencialmente, ressuscitado, glorioso ou, apenas cinco pedras que indiquem as cincos chagas, dando-lhe o caráter de estandarte da vitória. Ela marca o lugar dirigido exclusivamente pelo vitorioso. Faz parte dos elementos principais do presbitério com o altar, ambão e sédia. 














Galhetas São vasos de vidro ou prata que servem para a conservação dos santos óleos, para o vinho canônico e para a água a serem usados na missa. 






Incenso É símbolo da prece como no Salmo 140,2: "Como incenso suba a ti minha prece..." 
Sempre foi usado no oriente cristão, e no ocidente tornou-se habitual após o século V. Desde o antigo Egito é meio para o além, para a divindade. No judaísmo, adoração e sacrifício. È função do sagrado, de uma unção para Deus que se incensa em forma de cruz (sacrifício), de uma maneira circular (pertença) sobre as ofertas, cadáveres, túmulos etc... 


Lavabo Jarro com água e bacia. É usado na missa toda vez que o presidente, ministro ou acólito deve manusear o Santíssimo Sacramento ou outro elemento sacro, o sacerdote ainda lava as mãos depois de ministrar sacramentos que se utilizam dos Santos Óleos (Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos, Ordem presbiteral e episcopal). Deve ficar na credencia o tempo todo. 






Livros Sagrados (Missal, evangeliário, lecionário, martirológio, pontifical). 
Os livros usados nas celebrações litúrgicas são sinais e símbolos das realidades celestes na ação litúrgica e, como tal devem ser dignos, decorados e belos."O missal contém o rito da missa, o Evangeliário, os evangelhos dominicais, o Lecionário, as leituras para todos os tempos litúrgicos, o martirológio, a celebração da memória dos santos, e o pontifical todas as celebrações presididas pelo bispo. 



Menorá (ou Castiçal)
É o castiçal de origem hebraica, usado sempre na igreja. Caiu em desuso com a perseguição da inquisição. Após o Vaticano II, retoma seu seu sentido no símbolo do Espírito Santo, com sete braços, os sete dons, deve ser usado no presbitério substituindo as velas do altar ou na frente do ambão. 









Naveta
Pequeno recipiente para guardar o incenso, é usada junto com o turíbulo. A forma graciosa que os artistas lhe deram, como de nave, faz derivar o seu nome. 








Ostensório 
Usado para expor o Santíssimo sacramento para bênçãos e procissões. Tudo começou com a devoção de olhar para a hóstia consagrada, pois acreditava-se na idade média de ter poderes medicinais, com o crescimento da devoção foi incluído no ritual romano. 







Patena No princípio, a patena era uma bandeja grande, de qualquer material, para conter o pão consagrado, que depois seria repartido entre os fiéis. Com a introdução das partículas e cibórios, a patena serve hoje, só ao celebrante. Não é a tampa do cálice, mas pequena bandeja em forma de prato raso.




Como se Monta um Cálice?


Primeiro Passo:
O Acólito deverá verificar o cálice quanto à limpeza do mesmo; pois o cálice poderá estar com alguma mancha de gordura quando tocamos o cálice com nossos dedos.
Deverá usar um pano que não agrida o material como por exemplo a flanela. Feito isso vamos ao próximo passo.





Segundo Passo:

Então o Acólito deverá colocar o Sanguineo sobre o cálice, dividindo em partes iguais ambos os lados.








Terceiro passo:

Neste passo coloca-se a Patena.
Também deverá seguir à limpeza da patena da mesma forma que a do cálice descrita no primeiro passo.







Quarto passo:

Coloca-se então a Hóstia Magna (hostia destinada à comunhão do sacerdote), devidamente preparada pelo Acólito.








Quinto passo:

Depois de colocar a hóstia magna, cola-se então a Pala.









Sexto passo:

Por fim depois da Pala, coloca-se o Corporal.


















Após a Santa Missa, o Acólito verificará se não ficou nenhum fragmento do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo em todos os vazos sagrados utilizados na Missa. Hanvendo necessidade o acólito purificará novamente os vasos na Credência logo após o término da Santa Missa. Após a purificação, os vasos sagrados serão guardados com todo zelo e respeito em seus lugares determinados.